terça-feira, 5 de maio de 2009

.: Toq'a Todos - Saúde :.: Calculador de calorias


.: Toq'a Todos - Saúde :.: Calculador de calorias

EU TENHO 141 KG,

UMA PESSOA PRECISA DE 28,06 KL POR KG, PRA SE MANTER NO PESO.

141 x 28,06=3.956,46 caloria _diaria

ENTÃO PRA PERDER PESO PRECISO INGERIR METADE DESSAS CALORIAS.

1978,23KL _ DIARIA

Calorias fazem engordar
Cada alimento produz uma quantidade de calorias que pode ser medida. Por exemplo, um ovo cozido produz mais ou menos oitenta calorias, uma fatia de pão integral torrada produz em média setenta calorias, um bife de carne gorda pode produzir até oitocentas calorias, e um bombom de chocolate pode produzir duzentos calorias ou mais.
Quantas calorias a gente gasta para viver um dia? Varia muito de pessoa para pessoa, uns gastam mais, outros menos. Em média, uma mulher entre 23 a 50 anos gasta de 1.600 a 2.400, já uma mulher entre 51 e 75 anos gasta umas 200 calorias a menos, ou seja, de 1.400 a 2.200.

Os homens gastam um pouco mais de energia para se manterem vivos. Digamos que uma pessoa goste muito de comer e, entre doces, frituras e outras coisas, acabe comendo umas 3.000 calorias por dia. Nesse mesmo período, gasta mais ou menos 2.500 calorias para viver, trabalhar, e até fazer algum exercício moderado. O que é que vai acontecer com as 500 calorias que ele não gasta? O organismo vai armazenar toda essa energia. Um pouco na forma de proteína e quase tudo como gordura. Se ele continuar armazenado 500 calorias todos os dias, no fim de uma semana já vai estar meio quilo mais gorda. Depois de duas semanas, seu peso terá aumentado um quilo, e assim por diante.

Para emagrecer é a mesma coisa, só que na direção oposta. Se gasta 2.500 calorias para viver um dia, mas passa a comer só 2.000, no final de uma semana vai estar meio quilo mais magro. Se não gosta de passar fome e quer continuar comendo 2.500 calorias, pode aumentar seu gasto de energia, através de exercícios, passando a gastar 3.000 calorias por dia. No final de uma semana, também vai emagrecer cerca de meio quilo.
Não ligue aos comentários, eu já aguentei muito mais de um mês a 300 calorias por dia!

Comendo 4500 kcal em uma semana, você emagrece aproximadamente 1,7 kg. (640 kcal por dia).
Comendo 4000 kcal em uma semana, você emagrece aproximadamente 1,9 kg. (570 kcal por dia).
Comendo 3500 kcal em uma semana, você emagrece aproximadamente 2,2 kg. (500 kcal por dia).
Comendo 3000 kcal em uma semana, você emagrece aproximadamente 2,5 kg. (425 kcal por dia).
Comendo 2500 kcal em uma semana, você emagrece aproximadamente 3 kg. (355 kcal por dia).
Comendo 2000 kcal em uma semana, você emagrece aproximadamente 3,8 kg. (285 kcal por dia).
Comendo 1500 kcal em uma semana, você emagrece aproximadamente 5,1 kg. (210 kcal por dia).
Comendo 1000 kcal em uma semana, você emagrece aproximadamente 7,7 kg. (140 kcal por dia).
Comendo 500 kcal em uma semana, você emagrece aproximadamente 15,4kg. (70 kcal por di

Como acontece a obesidade
O principal mecanismo da obesidade é um desequilíbrio entre a formação e a destruição de células adiposas (de gordura) no organismo. Todas as calorias que comemos pode ser transformadas e armazenadas sob a forma de células adiposas e, o que gastamos (gasto calórico), favorece a destruição destas células. Portanto, a obesidade em si não significa, obrigatoriamente, que a pessoa coma muito, significa também, que ela gasta pouco do que come. Quando o aspecto ganho e perda a obesidade pode ser classificada em obesidade por hiperfagia (come muito) e Obesidade por Gasto Ineficiente, como vimos acima.

Assim sendo, comumente a obesidade é causada por um desbalanço, entre as calorias que são ingeridas, sob a forma de alimentos, e as calorias que são gastas pelo indivíduo para seu organismo funcionar. O excesso de calorias, conseqüência do balanço positivo (sobra) entre o que é consumido e o que é gasto, acaba sendo armazena, mais obeso é o indivíduo.

Normalmente a pessoa torna-se obesa em duas circunstâncias; ou porque come exageradamente, amais do que precisa, e/ou porque gasta poucas calorias. De forma patológica (não normalmente) pode tornar-se obeso por ter mais facilidade de produzir gordura, "queimando" gorduras com menor facilidade. Mais de 95% dos obesos estão entre as duas possibilidades consideradas normalmente, mesmo que algumas insistam em dizer que não comem quase nada.

Quando a pessoa consome mais calorias do que gasta, a energia fica acumulada no organismo e ela engorda. Caso gaste a mesma quantidade que consome, o peso fica mantido, e se gastar mais calorias do que ingere, emagrece. Mas a quantidade de calorias que uma pessoa necessita varia de acordo com a idade, o sexo e a atividade física.Saber do mecanismo envolvido na obesidade é fundamental para o tratamento adequado do paciente. Vale a pena lembrar que o que mais engorda, ao contrário do que se pensa, não é o açúcar, mas as gorduras. Para se Ter uma idéia, é bom lembrar que 1 grama de gordura tem 9 calorias, enquanto 1 grama de açúcar tem 4 calorias. A maioria dos alimentos que engordam e são irresistíveis ao paladar contem os dois componentes, como o chocolate, as massas, sorvetes, etc.

Em nossa opinião, a obesidade comporta um duplo enfoque; um enfoque antropométrico e fisiopatológico e outro enfoque psicodinâmico. Se você acredita que a qualidade de vida não pode se basear apenas na quantidade de dias vividos, então entenderá o que queremos dizer com enfoque psicodinâmico da questão obesidade.

Psicodinamicamente, seria correto considerar-se obesa toda pessoa insatisfeita com seu próprio corpo por ter seu peso acima do ideal antropométrico. O parâmetro “antropométrico” é indispensável na definição para excluirmos, das pessoas psicodinamicamente obesas, aquelas portadoras de anorexia nervosa e que se acham gordas, sem o estarem de fato.

Ainda psicodinamicamente ou emocionalmente, peso ideal seria aquele onde a pessoa está se sentindo bem, quando se olha no espelho e se gosta, quando se acha linda, não importando o número que a balança está marcando.

Academicamente (antropometricamente), entretanto, a obesidade pode ser definida como quantidade percentual aumentada de gordura corporal, sendo que a partir deste critério é obesa uma pessoa que possua mais de 30% de gordura em sua composição corporal total e um homem com mais de 25% de gordura corpórea em relação à massa magra.

A obesidade é uma síndrome com várias causas, caracterizada por um excesso de tecido gorduroso e pode ser classificada em várias modalidades. Há várias maneiras de saber se a pessoa é ou não gorda, ou seja, de se classificar a obesidade. A maneira mais simples e comum de classificar a obesidade é pelo peso. Na realidade nem sempre o pesado é gordo, já que a musculatura pesa mais que o tecido gorduroso, e uma pessoa musculosa não costuma ser gorda.

Desde 1958, depois da famosa frase do economista John Kenneth Gailbraith, afirmando que "nos Estados Unidos da América morrem mais pessoas por excesso que por falta de comida", o tratamento da obesidade deixou de ser uma questão simplesmente estética e passou a ser uma questão de saúde pública e pessoal.

O Índice de Massa Corpórea (IMC) é o mais utilizado na prática. Tem boa correlação com a percentagem de gordura corporal. No entanto, perde a confiabilidade em atletas com grande massa muscular.

A meta de se atingir um bom peso passou a exigir mudanças no habito alimentar, na prática do condicionamento físico e na atenção à saúde psíquica. Um peso mais proporcional passou a ter forte relação com o desenvolvimento, amadurecimento e envelhecimento mais saudáveis.

Complicações Clínicas da Obesidade
Desde a antiguidade Hipócrates percebera maior tendência dos obesos para a morte súbita e, de fato, a questão da obesidade está muito além das preocupações estéticas. A obesidade predispõe, então, a uma série de outras doenças. São também sintomas comuns aos obesos o cansaço, a sudorese excessiva, principalmente em pés, mãos e axilas, as dores nas pernas e colunas.

O excesso de peso tem íntima relação, por exemplo, com a mortalidade por causas cardiovasculares. Normalmente a obesidade predispõe à hipertensão arterial, ao aumento dos níveis de triglicérides e colesterol, bem como à diminuição do colesterol benigno (HDL-colesterol).

Quando se observa um obeso ofegante, normalmente é porque o aumento da gordura no tórax e abdome pode causar alterações no padrão respiratório. Nesses casos há diminuição do volume e da complacência pulmonares e aumento do trabalho do diafragma. Em grandes obesos também pode ocorrer uma má oxigenação dos tecidos devido aos distúrbios da relação entre a ventilação e a área corporal a ser nutrida pelo oxigênio (perfusão).

A obesidade é também um importante fator para o desenvolvimento da diabetes mellitus, do tipo não dependente de insulina. Mesmo diante do tratamento com insulina esses diabéticos obesos apresentam uma fraca resposta metabólica terapêutica.

Havendo aumento do peso há, sem dúvida, aumento das necessidades de insulina. Dessa forma, ou seja, com hiper secreção de insulina, é que os obesos mantém sua glicemia plasmática mas, a persistência desta condição de hipersecreção em longo prazo, poderá produzir a falência da capacidade de secreção de insulina pela célula ß do pâncreas. Aí sim, teríamos, de fato, a diabetes.

Também a atividade fibrinolítica, indispensável para a fluidez do sangue encontra-se diminuída, predispondo à formação de coágulos. Neste caso os níveis de Antitrombina III, importante anticoagulante endógeno, está significativamente reduzidos em obesos mórbidos. Na parte osteo-muscular a obesidade está associada à maior incidência de osteoartrose de joelhos.

Alguns estudos da American Cancer Society mostram que a incidência de câncer intestinal (colo-retal) e de próstata, foi de 1,33 vezes maior em homens obesos e o câncer de endométrio, vesícula, colo de útero e mama, 1,55 vêzes maior em mulheres obesas.

Em mulheres obesas observa-se maior freqüência de ovários policísticos, bem como maior produção de hormônios masculinos (androgênios) pelos ovários. Isso pode ocasionar o surgimento de pelos e barba (hirsutismo), irregularidade menstrual, infertilidade e aumento dos ovários.

Atualmente, possivelmente pela supervalorização cultural da estética e conseqüente rejeição social sofrida pelo obeso, com freqüência essas pessoas entram em estado de depressão emocional.

Definição e Classificação da Obesidade
Para que essa definição tenha aplicação prática, é necessário baseá-la em critérios matematicamente definidos. Para isso existe o Índice de Massa Corpórea (IMC), hoje aceito como padrão de medida internacional para obesidade.

Se queremos nos reportar apenas ao tecido gorduroso (adiposo) os meios de classificação são variados. Podemos usar a relação do peso/altura (tabela do Metropolitan Life Insurance Company), ou as medidas de espessura de prega cutânea ou, ainda, o Índice de Massa Corpórea (IMC). O IMC é obtido pela divisão do peso em Quilos pela altura ao quadrado (expressa em metros). Podemos classificar o peso em categorias, de acordo com o IMC.
Desta forma, quanto ao grau (quantidade) de obesidade, o parâmetro de medida é o IMC e podemos tê-la em 4 tipos:

A forma de cálculo para IMC é a divisão do peso (em kg) da pessoa por sua altura, elevada ao quadrado (em m²).

CATEGORIA

IMC

Desnutrição

Abaixo de 14,5

Abaixo do Peso

até 20

Peso Normal

20 - 24,9

Sobrepeso

25,0 - 29,9

Obeso

30,0 - 39,9

Obeso Mórbido

40 e acima

Para um indivíduo com 1,70 m de altura, por exemplo, se o peso for de 86,7 kg, ele terá IMC = 30. Com peso de 101,15 kg, ele atinge IMC de 35; com peso de 115,6 kg, o IMC é de 40, e ele é considerado um obeso mórbido.

Em termos gerais, aceita-se que o peso ideal ou de menor risco para saúde corresponde a um IMC de 20 a 25, e até 27 para pessoas idosas. Este índice deve ser usado para adultos. Para crianças e adolescentes devem ser utilizadas curvas específicas, uma vez que, ainda, estão em fase de crescimento.

Entretanto, mesmo considerando a frieza e pretensa exatidão do IMC, existem muitas variáveis, como por exemplo distribuição corporal da gordura, biótipo, etc. Nesses casos preconizam-se outros métodos para “medirmos” gordura, como por exemplo, a densitometria.

Esta classificação tem importância estatística no que se refere ao prognóstico de intercorrências clínicas, como por exemplo, a hipertensão arterial, a gota, a osteoartrose, a dislipidemia, etc, e conseqüentemente estimar-se o risco de morbidade e mortalidade das pessoas.
Quanto à circunstância em que ocorre, segundo Sandra Gasparini, podemos classificar a obesidade em:

1. obesidade de longa data - indivíduos obesos desde criança; é a forma de mais difícil tratamento e entre as causas existe a predisposição genética (herança familiar) e a hiperalimentação precoce;
2. obesidade da puberdade - aparece na puberdade, é predominante em mulheres, tem como causas angustias e ansiedades desta fase da vida e alterações orgânicas;
3. obesidade da gravidez - na gravidez e no pós parto, também por fenômenos psíquicos e/ou orgânicos;
4. obesidade por interrupção de exercícios - comum em esportistas que ingerem grandes quantidades de calorias e param de fazer exercícios, ou seja, deixam de gastá-las;
5. obesidade secundaria a drogas - alguns medicamentos como os corticóides, os antidepressivos e os estrógenos podem induzir a um ganho de peso;
6. obesidade após parar de fumar - a explicação é que a nicotina aumenta o gasto calórico por sua ação lipolítica; também é responsável por perda de apetite;
7. obesidade endócrina - apesar da população leiga ter outro ponto de vista, a obesidade Endócrina aparece em somente 4% das obesidades. Aqui se incluem doenças da tireóide, do pâncreas e da supra renal.

Por esta classificação já podemos concluir que a obesidade não é característica de pessoas com "falta de vontade para emagrecer, descuidadas com sua aparência, etc", mas de pessoas com uma doença que deve ser tratada como tal. Jane Feldman acha que definir obesidade é, muitas vezes, uma tarefa difícil. Existem situações em que qualquer um olha para um indivíduo e afirma que ele é obeso. No entanto, existem casos onde afirmar que alguém é obeso é extremamente duvidosa. Nesses casos, podemos lançar mão da abio-impedanciometria e da densidade corporal para definir melhor a porcentagem de tecido adiposo e, assim, delimitar melhor o diagnóstico da obesidade .
A classificação pode ainda tomar como base o consumo e o gasto de energia. Dessa forma teremos dois tipos de obesidade:

Obesidade por Hiperfagia, é o tipo da doença conseqüente à ingestão de muita comida. São os obesos que comem muito, em quantidade ou em qualidade (alimentos muito calóricos) e neste grupo estão incluídos os populares "beliscadores".

Além dos mecanismos psíquicos envolvidos na obesidade por Hiperfagia, tais como a depressão, ansiedade, angustia, carência afetiva, etc, estão sendo cada vez mais descritas alterações orgânicas condicionantes de hiperfagia (alterações no centro da saciedade, alterações hipotâlamicas e alterações de alguns hormônios gastrintestinais);

Obesidade por Gasto Ineficiente. Estão incluídas neste grupo pessoas com vida sedentária, portanto, aquelas que comem mais do que gastam e as pessoas que, mesmo comendo proporcionalmente ao gasto com exercício, de repente param de praticá-lo sem diminuir a quantidade de comida ingerida. Também estão aqui as pessoas que comem pouco mas, conforme dizem sempre, têm a famosa tendência para engordar.

Este último grupo de pessoas "com tendência para engordar" não costumam ter alterações de tiróide, como costumam achar, ou outro distúrbio do metabolismo. Normalmente a causa da obesidade é que elas gastam menos calorias do que consomem.
O número de células adiposas do corpo humano cresce mais durante o período que vai do fim da infância ao início da idade adulta. A obesidade pode ainda ser classificada quanto ao número de células de gordura.

Será considerada Obesidade Hipercelular, quando então ocorre aumento do número total de células adiposas, que pode se tornar até cinco vezes superior ao número encontrado em indivíduo adulto normal. Esta é a forma de obesidade que ocorre na infância ou adolescência, porém pode também ser observada nas pessoas com mais de 75% de excesso de peso corporal.

Por outro lado, será considerada Obesidade Hipertrófica, quando ao invés de um aumento no número de células gordurosas, ocorre um aumento de tamanho dessas células por acúmulo de lipídeos. Esse tipo de obesidade se inicia na idade adulta, na gestação e se correlaciona melhor com a distribuição andróide de gordura.

Há ainda uma outra classificação da obesidade, agora no que diz respeito à distribuição da gordura no corpo. Para essa classificação é necessário estabelecer o índice W/H, representado pela relação cintura-quadril. A medida da cintura deve ser apurada de acordo com a circunferência que passa entre o umbigo e as costelas e medida do quadril deve ser medida tomando-se a maior circunferência na região glútea. Para os homens, Obesidade Andróide, esse índice W/H tem que dar maior que 0.9, ou seja, a cintura deve ser igual ou maior que o quadril. Na Obesidade Ginóide o índice W/H deve dar menor que 0.9, ou seja, o quadril tende a ser maior que a cintura.

As observações antropométricas têm sugerido que quanto maior o índice W/H, ou seja quanto maior a cintura em relação ao quadril, mais tendência tem a pessoa para doença coronariana, diabetes, hipertensão arterial e dislipidemias, que é o aumento de colesterol e triglicérides.

Tipos (formas) da Obesidade
Os indivíduos obesos apresentam-se com maior quantidade de tecido gorduroso pelo organismo e essa distribuição da gordura é variável de pessoa para pessoa. E essa variação da gordura altera o risco de doenças associado ao excesso de peso.

A grosso modo, existem dois tipos básicos de distribuição de gordura. A gordura pode concentrar-se na região subcutânea (abaixo da pele), particularmente da cintura para baixo, é chamada de Obesidade Ginóide, que acomete mais a mulher, chamada também de obesidade em forma pêra ou, ainda, obesidade subcutânea.

A gordura pode ainda concentrar-se no abdome, profundamente entre as vísceras, é chamada de Obesidade Andróide, porque acomete mais os homens, ou obesidade em forma de maçã ou, ainda obesidade visceral.

Para a saúde física é diferente quando a gordura se acumula sob a forma de Obesidade Andróide ou Obesidade Ginóide. Entre esses tipos, é o tipo andróide que mais se relaciona ao maior risco cardiovascular. Naturalmente há grandes variações entre esses dois tipos de distribuição de gordura pelo corpo e há indivíduos com os dois tipos de obesidade.

Obesidade Mórbida
O peso corpóreo, considerando o acúmulo e a a distribuição da gordura, é determinado por vários mecanismos, incluindo o perfil metabólico, a função hormonal, neurológica e psíquica. Quando há alteração em algum desses mecanismos pode ocorrer um desequilíbrio entre a ingestão alimentar e o gasto de energia, favorecendo o armazenamento anormal da sobra de energia sob a forma de gordura e, conseqüentemente, o aumento do peso corpóreo.

As pessoas com IMC acima de 40 (veja o cálculo acima), são portadoras de Obesidade Mórbida, o que equivale a aproximadamente 45 Kg acima do peso ideal. A Obesidade Mórbida é um problema de saúde que ultrapassa em muito a simples preocupação estética. Ela envolve a saúde global do organismo e, inclusive, a saúde psíquica, já que a auto-estima pode estar severamente prejudicada.

As doenças relacionadas à obesidade são as principais responsáveis pelo aumento das taxas de mortalidade em adultos jovens, da diminuição da qualidade e expectativa de vida. Entre elas destacam-se a sobrecarga das articulações, apnéia do sono, insuficiência cardíaca, diabetes, hipertensão arterial, aumento da gordura no sangue e, conseqüentemente, o entupimento de vasos (arteriosclerose), infarto do miocárdio, etc.

Daphne Marussi e Paulo Dalgalarrondo estudaram o perfil psiquiátrico de 50 pacientes com obesidade mórbida (IMC a partir de 40), 38 mulheres e 12 homens, e encontraram entre eles 20 a 30% de comedores compulsivos passíveis de tratamento psiquiátrico, principalmente se considerarmos que o comedor compulsivo tem maior tendência à depressão e freqüentemente apresenta história de outros transtornos psíquicos.

A idade média dos pacientes com Obesidade Mórbida neste estudo foi de 39,5 anos e o IMC médio foi de 50,4. Entre esses pacientes 32,6% encontravam-se desempregados. As pessoas com peso maior estavam relacionadas significativamente com um menor gosto pelas coisas que faziam anteriormente e os episódios bulímicos (fome voraz e descontrolada) correlacionava-se com uma dificuldade ficar sentado e se divertir relaxado e com o fato de se sentir tenso ou contraído, juntamente com a sensação de medo como se alguma coisa ruim fosse acontecer (elevados índices e depressão).

Esses autores concluiram que existe uma alta incidência de indivíduos com compulsão alimentar entre os pacientes obesos mórbidos que procuram tratamento e, entre eles, apenas 24,5% estavam dentro dos limites da normalidade em termos de hábitos alimentares. A alta freqüência de episódios bulímicos correlacionou-se positivamente com os escores altos da escala de ansiedade e de depressão, portanto, tais pacientes apresentam taxas mais elevadas de transtornos do humor, transtornos de ansiedade e, concomitantemente, de bulimia nervosa. Recomendam que se faça uma diferenciação de pacientes compulsivos dos não compulsivos nos programas de perda de peso para que estes recebam tratamento adequado .

É sabido que algumas pessoas engordam com mais facilidade que outras. Para que se entenda esta tendência, é necessário ter em mente que na origem da obesidade estão envolvidos fatores metabólicos, genéticos, culturais e comportamentais.

A obesidade em si, resultaria de um desequilíbrio entre a ingestão e o gasto energético. Alguns estudos associam a obesidade com menor gasto energético diário. Sendo assim, quanto mais eficiente metabolicamente for a pessoa, mais energia sobraria para poder ser acumulada sob forma de gordura. Entretanto, diversos estudos demonstraram que o obeso gasta mais energia que o magro a cada 24hs. Os obesos têm maior percentagem de gordura corporal, mas seu peso absoluto é metabolicamente mais ativo, portanto, é também metabolicamente mais ativo.

Quando os obesos perdem peso, eles tendem a diminuir seus gastos energéticos. Talvez esteja aí uma explicação para a dificuldade, em grande número de casos, de se manter por longo tempo os resultados terapêuticos dos regimes. Postula-se que cada indivíduo tenha seu próprio ponto de equilíbrio (set point), no qual seu peso e suas funções metabólicas estariam harmonizados.

Durante muito tempo o obeso foi considerado por todos como o grande culpado pelo seu excesso de peso. Através de falta de vontade, de gula, de falta de controle, indolência e outros atributos pouco honrosos acreditava-se que o gordo era sim o responsável absoluto pela sua obesidade.

É claro que, se a pessoa tem uma tendência natural para o excesso de peso, será mais sensível às transgressões alimentares, mas vários outros fatores estão envolvidos na obesidade. Mesmo essa tendência à obesidade pode ser facilitada ou dificultada pelos aspectos culturais e comportamentais da pessoa. Observa-se, por exemplo, ganho de peso após o casamento e com o envelhecimento, notadamente em mulheres. Também o ato de parar de fumar, bem como a gestação também costumam ter forte relação com o aumento do peso. O estilo de vida sedentário também acaba favorecendo o ganho de peso. Culturalmente, o cardápio rico em alimentos com alto teor de carboidrato e de gordura também parece ser característica de comunidades com maior número de obesos.

Quanto a possíveis alterações endócrinas, a maioria dos autores insiste em afirmar, categoricamente, que a expressiva maioria dos casos de obesidade não apresenta alterações hormonais. No entanto, as investigações hormonais se justificam, tendo em vista que muitos distúrbios endócrinos costumam associar-se à obesidade, como é o caso, por exemplo, do hipotiroidismo e síndrome de Cushing, e requerem tratamento específico.

E o que é caloria? Esse inimigo número um da obesidade. Caloria é a unidade padrão para medir a energia proporcionada pelos alimentos. O corpo gasta parte da energia adquirida nos alimentos para manter suas atividades básicas e vitais, tais como fazer circular o sangue, respirar, fazer a digestão e a diurese, etc, e gasta outra parte para atividades de vida, tais como andar, trabalhar, fazer sexo, etc.

A energia calórica que adquirimos nos alimentos vem de três tipos de nutrientes: as proteínas, as gorduras e os carboidratos. Assim, os valores calóricos de um sanduíche, por exemplo, são determinados pela quantidade de proteínas (carne e frios), gordura (manteiga e maionese) e carboidrato (pão) que ele fornece.

proteínas (1g = 4 calorias)
gorduras (1 g = 9 calorias)
carboidratos (1 g = 4 calorias)

Pessoas mais pesadas requerem mais calorias para manter seu peso corpóreo. Por exemplo, uma pessoa com 100 kg e de pouca atividade física pode precisar de 2700 calorias por dia, para manter seu peso. Se esta pessoa fizer uma dieta de 2000 calorias por dia (700 a menos do que precisa), ela irá perder peso.

Depois de algum tempo comendo 2000 calorias por dia seu peso irá se estabilizar, pois sua taxa metabólica irá gradualmente diminuindo com a diminuição do peso. Quando ela atingir o peso de 80 kg, irá precisar somente de 2000 calorias por dia para manter seu peso, logo, deixará de emagrece com 2000 cal/dia.

Quem fica Obeso
Sabe-se hoje que a obesidade é muito mais do que a falta de caráter, de vontade, de auto-estima ou graves distúrbios psíquicos. Vários fatores podem contribuir para causar a obesidade, como doenças endocrinológicas, alterações genéticas, ausência de atividade física, comportamento alimentar alterado e inadequado.

Algumas condições médicas e doenças também podem levar à obesidade. Mas esses casos, para desconforto moral dos gordinhos, significam menos de 2% dos casos de obesidade. Entre eles podemos citar o hipotireoidismo e a síndrome de Cushing, que é o aumento da produção de hormônios pela glândula supra-renal, e alguns outros desequilíbrios hormonais.

Evidentemente interessa-nos, aqui, principalmente as questões da obesidade relacionadas à esfera emocional. Mas vejamos alguns outros aspectos.

Genética
Diversos estudos com resultados variados demonstraram haver associação entre obesidade e heretitariedade. Bouchard em 1988 publicou no International Journal of Obesity um estudo que envolveu 1698 pessoas de 409 famílias diferentes e demonstrou haver participação genética em até 25% dos casos. Quando analisada a distribuição andróide de gordura, esta participação chegou a 30%.

O trabalho de Stunkard, publicado em 1986 no "The New England Journal of Medicine" partiu de uma análise de 540 adultos adotados e mostrou maior correlação entre o BMI do filho e de seus pais verdadeiros.

Segundo Strauss, aproximadamente 10% das crianças são obesas e, de acordo com estudos em gêmeos adotados, o componente genético da obesidade é significativamente importante. Entretanto, o aumento da obesidade infantil nos últimos 20 anos tem sido atribuído a múltiplos fatores. Entre a diversidade de fatores, parece ser o mais importante deles o afastamento das crianças das atividades físicas exuberantes que acompanhavam a infância.

Portanto, são muito mais propensos à obesidade as pessoas que apresentam uma tendência genética a engordarem. A hereditariedade está associada não apenas com obesidade, mas também com a magreza. De modo geral o componente genético do peso está mais correlacionado com o peso biológico da mãe. Se a mãe for obesa quando adulta, a chance de seu filho ser obeso é aproximadamente 75%. Igual porcentagem é a chance da criança ser magra se a mãe for magra.

As pesquisas genéticas para obesidade procuravam algum gene que produzisse uma proteína anormal, ou hormônio, capaz de interferir com a sensação de saciedade. Afetado por esse hipotético gene a pessoa não se sentiria saciada após comer normalmente, havendo vontade de comer mais que o normal.

No meio da década de 90, foi descoberto um hormônio chamado leptina, relacionado também à saciedade mas, dez anos depois, foi provado que somente alguns indivíduos apresentam anormalidades relacionadas a esta substância.

Em 1995 foi achado, primariamente no tecido adiposo da área abdominal, uma anomalia num gene responsável pelo receptor adrenérgico beta-3, associado com obesidade. Esta anomalia genética resulta em diminuição da produção de calor e menor capacidade para utilizar gordura, resultando em menor taxa metabólica e conseqüente ganho de peso.

Atualmente as pesquisas têm enfatizado o papel das mitocôndrias na obesidade, suspeitando-se existirem várias diferenças nas das mitocôndrias dos obesos. A mitocôndria é a parte da célula envolvida com a utilização de energia, e é sempre herdada da mãe. Isto pode explicar a grande correlação entre o peso da criança e o peso da mãe.

Idade
Em geral, com o avançar da idade a taxa metabólica diminui e a pessoa não precisa mais de tantas calorias para manter seu peso do que quando era mais jovem.

Conforme a idade avança, a quantidade de músculos tende a diminuir e a de gordura passa a representar maior porcentagem do peso total do corpo. Esta menor quantidade de massa muscular significa diminuição no metabolismo e diminuição na necessidade de calorias. Se você não diminuir a ingestão calórica com a idade, certamente você ganhará peso.

As pessoas que continuam comendo e fazendo as mesmas atividades de quando eram mais jovens podem ganhar peso porque o metabolismo diminui com a idade.

Sexo
Os homens têm maior quantidade de músculos que as mulheres, os quais queimam mais calorias do que a gordura. Por isso, a dieta básica para um homem costuma conter 20% a mais calorias do que para uma mulher com mesmo peso e idade.

Além disso, os homens têm taxas metabólicas maiores do que as mulheres, portanto os homens requerem mais calorias para manter seu peso corpóreo. Além disso, após a menopausa, a taxa metabólica da mulher diminui ainda mais, explic

Equação Para Cálculo Manual

1 MET (metabolic equivalents)
(Gasto de energia na atividade - valores pré-estabelecidos por atividade - ex. de tabela McARDLE, 1989)

Exemplo
Jogging = 7.0 Mets
Ciclismo (ergométrica /moderado)= 7.0 Mets
Natação Crawl = 8.0 Mets
futebol de campo(competição) = 9.9 Mets
futebol de campo(pelada) =7.0 Mets

Outros exemplos baixar o compendium acima

1 Met = 1 kcal x kg-¹ x h-¹ ou 3,5ml /kg/min

Energia gasta com a atividade = MET x Peso x Tempo de atividade (min)/60




Classificação de Capacidade Aeróbica em METS
até 60 min de acordo com a faixa etária - ACSM,1998


Jovem
20- 39 anos

Meia idade
(40-64)

Velho
(65-79)

Muito Velho
(80 anos)

Muito Leve

<2,4

<2,0

<1,6

<>

Leve

2,4 - 4,7

2,0 - 3,9

1,6 - 3,1

1,1 - 1,9

Moderada

4,8 - 7,1

4,0 - 5,9

3,2 - 4,7

2,0 - 2,9

Intensa

7,2 - 10,1

6,0 - 8,4

4,8 - 6,7

3,0 - 4,25

Muito Intensa

>ou igual a 10,2

> ou igual a 8,5

> ou igual a 6,8

> ou igual a 4,25

Máximo

12

10

8

5

O teste acima deve ser encarado apenas como uma sugestão de nossa página . Ele não isenta o usuário de um acompanhamento adequado do Profissional da área de Educação Física ou Nutrição, a fim de obter maior fidedignidade, tanto nos cálculos como na interpretação de dados.

EU TENHO 141 KG,
UMA PESSOA PRECISA DE 28,06 KL POR KG, PRA SE MANTER NO PESO.
141 x 28,06=3.956,46 caloria _diaria
ENTÃO PRA PERDER PESO PRECISO INGERIR METADE DESSAS CALORIAS.
1978,23KL _ DIARIA

Calorias fazem engordar
Cada alimento produz uma quantidade de calorias que pode ser medida. Por exemplo, um ovo cozido produz mais ou menos oitenta calorias, uma fatia de pão integral torrada produz em média setenta calorias, um bife de carne gorda pode produzir até oitocentas calorias, e um bombom de chocolate pode produzir duzentos calorias ou mais.
Quantas calorias a gente gasta para viver um dia? Varia muito de pessoa para pessoa, uns gastam mais, outros menos. Em média, uma mulher entre 23 a 50 anos gasta de 1.600 a 2.400, já uma mulher entre 51 e 75 anos gasta umas 200 calorias a menos, ou seja, de 1.400 a 2.200.

Os homens gastam um pouco mais de energia para se manterem vivos. Digamos que uma pessoa goste muito de comer e, entre doces, frituras e outras coisas, acabe comendo umas 3.000 calorias por dia. Nesse mesmo período, gasta mais ou menos 2.500 calorias para viver, trabalhar, e até fazer algum exercício moderado. O que é que vai acontecer com as 500 calorias que ele não gasta? O organismo vai armazenar toda essa energia. Um pouco na forma de proteína e quase tudo como gordura. Se ele continuar armazenado 500 calorias todos os dias, no fim de uma semana já vai estar meio quilo mais gorda. Depois de duas semanas, seu peso terá aumentado um quilo, e assim por diante.

Para emagrecer é a mesma coisa, só que na direção oposta. Se gasta 2.500 calorias para viver um dia, mas passa a comer só 2.000, no final de uma semana vai estar meio quilo mais magro. Se não gosta de passar fome e quer continuar comendo 2.500 calorias, pode aumentar seu gasto de energia, através de exercícios, passando a gastar 3.000 calorias por dia. No final de uma semana, também vai emagrecer cerca de meio quilo.
Não ligue aos comentários, eu já aguentei muito mais de um mês a 300 calorias por dia!

Comendo 4500 kcal em uma semana, você emagrece aproximadamente 1,7 kg. (640 kcal por dia).
Comendo 4000 kcal em uma semana, você emagrece aproximadamente 1,9 kg. (570 kcal por dia).
Comendo 3500 kcal em uma semana, você emagrece aproximadamente 2,2 kg. (500 kcal por dia).
Comendo 3000 kcal em uma semana, você emagrece aproximadamente 2,5 kg. (425 kcal por dia).
Comendo 2500 kcal em uma semana, você emagrece aproximadamente 3 kg. (355 kcal por dia).
Comendo 2000 kcal em uma semana, você emagrece aproximadamente 3,8 kg. (285 kcal por dia).
Comendo 1500 kcal em uma semana, você emagrece aproximadamente 5,1 kg. (210 kcal por dia).
Comendo 1000 kcal em uma semana, você emagrece aproximadamente 7,7 kg. (140 kcal por dia).
Comendo 500 kcal em uma semana, você emagrece aproximadamente 15,4kg. (70 kcal por di

Como acontece a obesidade
O principal mecanismo da obesidade é um desequilíbrio entre a formação e a destruição de células adiposas (de gordura) no organismo. Todas as calorias que comemos pode ser transformadas e armazenadas sob a forma de células adiposas e, o que gastamos (gasto calórico), favorece a destruição destas células. Portanto, a obesidade em si não significa, obrigatoriamente, que a pessoa coma muito, significa também, que ela gasta pouco do que come. Quando o aspecto ganho e perda a obesidade pode ser classificada em obesidade por hiperfagia (come muito) e Obesidade por Gasto Ineficiente, como vimos acima.
Assim sendo, comumente a obesidade é causada por um desbalanço, entre as calorias que são ingeridas, sob a forma de alimentos, e as calorias que são gastas pelo indivíduo para seu organismo funcionar. O excesso de calorias, conseqüência do balanço positivo (sobra) entre o que é consumido e o que é gasto, acaba sendo armazena, mais obeso é o indivíduo.
Normalmente a pessoa torna-se obesa em duas circunstâncias; ou porque come exageradamente, amais do que precisa, e/ou porque gasta poucas calorias. De forma patológica (não normalmente) pode tornar-se obeso por ter mais facilidade de produzir gordura, "queimando" gorduras com menor facilidade. Mais de 95% dos obesos estão entre as duas possibilidades consideradas normalmente, mesmo que algumas insistam em dizer que não comem quase nada.
Quando a pessoa consome mais calorias do que gasta, a energia fica acumulada no organismo e ela engorda. Caso gaste a mesma quantidade que consome, o peso fica mantido, e se gastar mais calorias do que ingere, emagrece. Mas a quantidade de calorias que uma pessoa necessita varia de acordo com a idade, o sexo e a atividade física.Saber do mecanismo envolvido na obesidade é fundamental para o tratamento adequado do paciente. Vale a pena lembrar que o que mais engorda, ao contrário do que se pensa, não é o açúcar, mas as gorduras. Para se Ter uma idéia, é bom lembrar que 1 grama de gordura tem 9 calorias, enquanto 1 grama de açúcar tem 4 calorias. A maioria dos alimentos que engordam e são irresistíveis ao paladar contem os dois componentes, como o chocolate, as massas, sorvetes, etc.
Em nossa opinião, a obesidade comporta um duplo enfoque; um enfoque antropométrico e fisiopatológico e outro enfoque psicodinâmico. Se você acredita que a qualidade de vida não pode se basear apenas na quantidade de dias vividos, então entenderá o que queremos dizer com enfoque psicodinâmico da questão obesidade.
Psicodinamicamente, seria correto considerar-se obesa toda pessoa insatisfeita com seu próprio corpo por ter seu peso acima do ideal antropométrico. O parâmetro “antropométrico” é indispensável na definição para excluirmos, das pessoas psicodinamicamente obesas, aquelas portadoras de anorexia nervosa e que se acham gordas, sem o estarem de fato.
Ainda psicodinamicamente ou emocionalmente, peso ideal seria aquele onde a pessoa está se sentindo bem, quando se olha no espelho e se gosta, quando se acha linda, não importando o número que a balança está marcando.
Academicamente (antropometricamente), entretanto, a obesidade pode ser definida como quantidade percentual aumentada de gordura corporal, sendo que a partir deste critério é obesa uma pessoa que possua mais de 30% de gordura em sua composição corporal total e um homem com mais de 25% de gordura corpórea em relação à massa magra.
A obesidade é uma síndrome com várias causas, caracterizada por um excesso de tecido gorduroso e pode ser classificada em várias modalidades. Há várias maneiras de saber se a pessoa é ou não gorda, ou seja, de se classificar a obesidade. A maneira mais simples e comum de classificar a obesidade é pelo peso. Na realidade nem sempre o pesado é gordo, já que a musculatura pesa mais que o tecido gorduroso, e uma pessoa musculosa não costuma ser gorda.
Desde 1958, depois da famosa frase do economista John Kenneth Gailbraith, afirmando que "nos Estados Unidos da América morrem mais pessoas por excesso que por falta de comida", o tratamento da obesidade deixou de ser uma questão simplesmente estética e passou a ser uma questão de saúde pública e pessoal.
O Índice de Massa Corpórea (IMC) é o mais utilizado na prática. Tem boa correlação com a percentagem de gordura corporal. No entanto, perde a confiabilidade em atletas com grande massa muscular.
A meta de se atingir um bom peso passou a exigir mudanças no habito alimentar, na prática do condicionamento físico e na atenção à saúde psíquica. Um peso mais proporcional passou a ter forte relação com o desenvolvimento, amadurecimento e envelhecimento mais saudáveis.
Complicações Clínicas da Obesidade
Desde a antiguidade Hipócrates percebera maior tendência dos obesos para a morte súbita e, de fato, a questão da obesidade está muito além das preocupações estéticas. A obesidade predispõe, então, a uma série de outras doenças. São também sintomas comuns aos obesos o cansaço, a sudorese excessiva, principalmente em pés, mãos e axilas, as dores nas pernas e colunas.
O excesso de peso tem íntima relação, por exemplo, com a mortalidade por causas cardiovasculares. Normalmente a obesidade predispõe à hipertensão arterial, ao aumento dos níveis de triglicérides e colesterol, bem como à diminuição do colesterol benigno (HDL-colesterol).
Quando se observa um obeso ofegante, normalmente é porque o aumento da gordura no tórax e abdome pode causar alterações no padrão respiratório. Nesses casos há diminuição do volume e da complacência pulmonares e aumento do trabalho do diafragma. Em grandes obesos também pode ocorrer uma má oxigenação dos tecidos devido aos distúrbios da relação entre a ventilação e a área corporal a ser nutrida pelo oxigênio (perfusão).
A obesidade é também um importante fator para o desenvolvimento da diabetes mellitus, do tipo não dependente de insulina. Mesmo diante do tratamento com insulina esses diabéticos obesos apresentam uma fraca resposta metabólica terapêutica.
Havendo aumento do peso há, sem dúvida, aumento das necessidades de insulina. Dessa forma, ou seja, com hiper secreção de insulina, é que os obesos mantém sua glicemia plasmática mas, a persistência desta condição de hipersecreção em longo prazo, poderá produzir a falência da capacidade de secreção de insulina pela célula ß do pâncreas. Aí sim, teríamos, de fato, a diabetes.
Também a atividade fibrinolítica, indispensável para a fluidez do sangue encontra-se diminuída, predispondo à formação de coágulos. Neste caso os níveis de Antitrombina III, importante anticoagulante endógeno, está significativamente reduzidos em obesos mórbidos. Na parte osteo-muscular a obesidade está associada à maior incidência de osteoartrose de joelhos.

Alguns estudos da American Cancer Society mostram que a incidência de câncer intestinal (colo-retal) e de próstata, foi de 1,33 vezes maior em homens obesos e o câncer de endométrio, vesícula, colo de útero e mama, 1,55 vêzes maior em mulheres obesas.
Em mulheres obesas observa-se maior freqüência de ovários policísticos, bem como maior produção de hormônios masculinos (androgênios) pelos ovários. Isso pode ocasionar o surgimento de pelos e barba (hirsutismo), irregularidade menstrual, infertilidade e aumento dos ovários.
Atualmente, possivelmente pela supervalorização cultural da estética e conseqüente rejeição social sofrida pelo obeso, com freqüência essas pessoas entram em estado de depressão emocional.
Definição e Classificação da Obesidade
Para que essa definição tenha aplicação prática, é necessário baseá-la em critérios matematicamente definidos. Para isso existe o Índice de Massa Corpórea (IMC), hoje aceito como padrão de medida internacional para obesidade.
Se queremos nos reportar apenas ao tecido gorduroso (adiposo) os meios de classificação são variados. Podemos usar a relação do peso/altura (tabela do Metropolitan Life Insurance Company), ou as medidas de espessura de prega cutânea ou, ainda, o Índice de Massa Corpórea (IMC). O IMC é obtido pela divisão do peso em Quilos pela altura ao quadrado (expressa em metros). Podemos classificar o peso em categorias, de acordo com o IMC.
Desta forma, quanto ao grau (quantidade) de obesidade, o parâmetro de medida é o IMC e podemos tê-la em 4 tipos:

A forma de cálculo para IMC é a divisão do peso (em kg) da pessoa por sua altura, elevada ao quadrado (em m²).
CATEGORIA IMC
Desnutrição Abaixo de 14,5
Abaixo do Peso até 20
Peso Normal 20 - 24,9
Sobrepeso 25,0 - 29,9
Obeso 30,0 - 39,9
Obeso Mórbido 40 e acima
Para um indivíduo com 1,70 m de altura, por exemplo, se o peso for de 86,7 kg, ele terá IMC = 30. Com peso de 101,15 kg, ele atinge IMC de 35; com peso de 115,6 kg, o IMC é de 40, e ele é considerado um obeso mórbido.
Em termos gerais, aceita-se que o peso ideal ou de menor risco para saúde corresponde a um IMC de 20 a 25, e até 27 para pessoas idosas. Este índice deve ser usado para adultos. Para crianças e adolescentes devem ser utilizadas curvas específicas, uma vez que, ainda, estão em fase de crescimento.
Entretanto, mesmo considerando a frieza e pretensa exatidão do IMC, existem muitas variáveis, como por exemplo distribuição corporal da gordura, biótipo, etc. Nesses casos preconizam-se outros métodos para “medirmos” gordura, como por exemplo, a densitometria.
Esta classificação tem importância estatística no que se refere ao prognóstico de intercorrências clínicas, como por exemplo, a hipertensão arterial, a gota, a osteoartrose, a dislipidemia, etc, e conseqüentemente estimar-se o risco de morbidade e mortalidade das pessoas.
Quanto à circunstância em que ocorre, segundo Sandra Gasparini, podemos classificar a obesidade em:
1. obesidade de longa data - indivíduos obesos desde criança; é a forma de mais difícil tratamento e entre as causas existe a predisposição genética (herança familiar) e a hiperalimentação precoce;
2. obesidade da puberdade - aparece na puberdade, é predominante em mulheres, tem como causas angustias e ansiedades desta fase da vida e alterações orgânicas;
3. obesidade da gravidez - na gravidez e no pós parto, também por fenômenos psíquicos e/ou orgânicos;
4. obesidade por interrupção de exercícios - comum em esportistas que ingerem grandes quantidades de calorias e param de fazer exercícios, ou seja, deixam de gastá-las;
5. obesidade secundaria a drogas - alguns medicamentos como os corticóides, os antidepressivos e os estrógenos podem induzir a um ganho de peso;
6. obesidade após parar de fumar - a explicação é que a nicotina aumenta o gasto calórico por sua ação lipolítica; também é responsável por perda de apetite;
7. obesidade endócrina - apesar da população leiga ter outro ponto de vista, a obesidade Endócrina aparece em somente 4% das obesidades. Aqui se incluem doenças da tireóide, do pâncreas e da supra renal.
Por esta classificação já podemos concluir que a obesidade não é característica de pessoas com "falta de vontade para emagrecer, descuidadas com sua aparência, etc", mas de pessoas com uma doença que deve ser tratada como tal. Jane Feldman acha que definir obesidade é, muitas vezes, uma tarefa difícil. Existem situações em que qualquer um olha para um indivíduo e afirma que ele é obeso. No entanto, existem casos onde afirmar que alguém é obeso é extremamente duvidosa. Nesses casos, podemos lançar mão da abio-impedanciometria e da densidade corporal para definir melhor a porcentagem de tecido adiposo e, assim, delimitar melhor o diagnóstico da obesidade .
A classificação pode ainda tomar como base o consumo e o gasto de energia. Dessa forma teremos dois tipos de obesidade:
Obesidade por Hiperfagia, é o tipo da doença conseqüente à ingestão de muita comida. São os obesos que comem muito, em quantidade ou em qualidade (alimentos muito calóricos) e neste grupo estão incluídos os populares "beliscadores".
Além dos mecanismos psíquicos envolvidos na obesidade por Hiperfagia, tais como a depressão, ansiedade, angustia, carência afetiva, etc, estão sendo cada vez mais descritas alterações orgânicas condicionantes de hiperfagia (alterações no centro da saciedade, alterações hipotâlamicas e alterações de alguns hormônios gastrintestinais);
Obesidade por Gasto Ineficiente. Estão incluídas neste grupo pessoas com vida sedentária, portanto, aquelas que comem mais do que gastam e as pessoas que, mesmo comendo proporcionalmente ao gasto com exercício, de repente param de praticá-lo sem diminuir a quantidade de comida ingerida. Também estão aqui as pessoas que comem pouco mas, conforme dizem sempre, têm a famosa tendência para engordar.
Este último grupo de pessoas "com tendência para engordar" não costumam ter alterações de tiróide, como costumam achar, ou outro distúrbio do metabolismo. Normalmente a causa da obesidade é que elas gastam menos calorias do que consomem.
O número de células adiposas do corpo humano cresce mais durante o período que vai do fim da infância ao início da idade adulta. A obesidade pode ainda ser classificada quanto ao número de células de gordura.
Será considerada Obesidade Hipercelular, quando então ocorre aumento do número total de células adiposas, que pode se tornar até cinco vezes superior ao número encontrado em indivíduo adulto normal. Esta é a forma de obesidade que ocorre na infância ou adolescência, porém pode também ser observada nas pessoas com mais de 75% de excesso de peso corporal.
Por outro lado, será considerada Obesidade Hipertrófica, quando ao invés de um aumento no número de células gordurosas, ocorre um aumento de tamanho dessas células por acúmulo de lipídeos. Esse tipo de obesidade se inicia na idade adulta, na gestação e se correlaciona melhor com a distribuição andróide de gordura.
Há ainda uma outra classificação da obesidade, agora no que diz respeito à distribuição da gordura no corpo. Para essa classificação é necessário estabelecer o índice W/H, representado pela relação cintura-quadril. A medida da cintura deve ser apurada de acordo com a circunferência que passa entre o umbigo e as costelas e medida do quadril deve ser medida tomando-se a maior circunferência na região glútea. Para os homens, Obesidade Andróide, esse índice W/H tem que dar maior que 0.9, ou seja, a cintura deve ser igual ou maior que o quadril. Na Obesidade Ginóide o índice W/H deve dar menor que 0.9, ou seja, o quadril tende a ser maior que a cintura.
As observações antropométricas têm sugerido que quanto maior o índice W/H, ou seja quanto maior a cintura em relação ao quadril, mais tendência tem a pessoa para doença coronariana, diabetes, hipertensão arterial e dislipidemias, que é o aumento de colesterol e triglicérides.
Tipos (formas) da Obesidade
Os indivíduos obesos apresentam-se com maior quantidade de tecido gorduroso pelo organismo e essa distribuição da gordura é variável de pessoa para pessoa. E essa variação da gordura altera o risco de doenças associado ao excesso de peso.
A grosso modo, existem dois tipos básicos de distribuição de gordura. A gordura pode concentrar-se na região subcutânea (abaixo da pele), particularmente da cintura para baixo, é chamada de Obesidade Ginóide, que acomete mais a mulher, chamada também de obesidade em forma pêra ou, ainda, obesidade subcutânea.
A gordura pode ainda concentrar-se no abdome, profundamente entre as vísceras, é chamada de Obesidade Andróide, porque acomete mais os homens, ou obesidade em forma de maçã ou, ainda obesidade visceral.
Para a saúde física é diferente quando a gordura se acumula sob a forma de Obesidade Andróide ou Obesidade Ginóide. Entre esses tipos, é o tipo andróide que mais se relaciona ao maior risco cardiovascular. Naturalmente há grandes variações entre esses dois tipos de distribuição de gordura pelo corpo e há indivíduos com os dois tipos de obesidade.
Obesidade Mórbida
O peso corpóreo, considerando o acúmulo e a a distribuição da gordura, é determinado por vários mecanismos, incluindo o perfil metabólico, a função hormonal, neurológica e psíquica. Quando há alteração em algum desses mecanismos pode ocorrer um desequilíbrio entre a ingestão alimentar e o gasto de energia, favorecendo o armazenamento anormal da sobra de energia sob a forma de gordura e, conseqüentemente, o aumento do peso corpóreo.
As pessoas com IMC acima de 40 (veja o cálculo acima), são portadoras de Obesidade Mórbida, o que equivale a aproximadamente 45 Kg acima do peso ideal. A Obesidade Mórbida é um problema de saúde que ultrapassa em muito a simples preocupação estética. Ela envolve a saúde global do organismo e, inclusive, a saúde psíquica, já que a auto-estima pode estar severamente prejudicada.
As doenças relacionadas à obesidade são as principais responsáveis pelo aumento das taxas de mortalidade em adultos jovens, da diminuição da qualidade e expectativa de vida. Entre elas destacam-se a sobrecarga das articulações, apnéia do sono, insuficiência cardíaca, diabetes, hipertensão arterial, aumento da gordura no sangue e, conseqüentemente, o entupimento de vasos (arteriosclerose), infarto do miocárdio, etc.
Daphne Marussi e Paulo Dalgalarrondo estudaram o perfil psiquiátrico de 50 pacientes com obesidade mórbida (IMC a partir de 40), 38 mulheres e 12 homens, e encontraram entre eles 20 a 30% de comedores compulsivos passíveis de tratamento psiquiátrico, principalmente se considerarmos que o comedor compulsivo tem maior tendência à depressão e freqüentemente apresenta história de outros transtornos psíquicos.
A idade média dos pacientes com Obesidade Mórbida neste estudo foi de 39,5 anos e o IMC médio foi de 50,4. Entre esses pacientes 32,6% encontravam-se desempregados. As pessoas com peso maior estavam relacionadas significativamente com um menor gosto pelas coisas que faziam anteriormente e os episódios bulímicos (fome voraz e descontrolada) correlacionava-se com uma dificuldade ficar sentado e se divertir relaxado e com o fato de se sentir tenso ou contraído, juntamente com a sensação de medo como se alguma coisa ruim fosse acontecer (elevados índices e depressão).
Esses autores concluiram que existe uma alta incidência de indivíduos com compulsão alimentar entre os pacientes obesos mórbidos que procuram tratamento e, entre eles, apenas 24,5% estavam dentro dos limites da normalidade em termos de hábitos alimentares. A alta freqüência de episódios bulímicos correlacionou-se positivamente com os escores altos da escala de ansiedade e de depressão, portanto, tais pacientes apresentam taxas mais elevadas de transtornos do humor, transtornos de ansiedade e, concomitantemente, de bulimia nervosa. Recomendam que se faça uma diferenciação de pacientes compulsivos dos não compulsivos nos programas de perda de peso para que estes recebam tratamento adequado .
É sabido que algumas pessoas engordam com mais facilidade que outras. Para que se entenda esta tendência, é necessário ter em mente que na origem da obesidade estão envolvidos fatores metabólicos, genéticos, culturais e comportamentais.
A obesidade em si, resultaria de um desequilíbrio entre a ingestão e o gasto energético. Alguns estudos associam a obesidade com menor gasto energético diário. Sendo assim, quanto mais eficiente metabolicamente for a pessoa, mais energia sobraria para poder ser acumulada sob forma de gordura. Entretanto, diversos estudos demonstraram que o obeso gasta mais energia que o magro a cada 24hs. Os obesos têm maior percentagem de gordura corporal, mas seu peso absoluto é metabolicamente mais ativo, portanto, é também metabolicamente mais ativo.
Quando os obesos perdem peso, eles tendem a diminuir seus gastos energéticos. Talvez esteja aí uma explicação para a dificuldade, em grande número de casos, de se manter por longo tempo os resultados terapêuticos dos regimes. Postula-se que cada indivíduo tenha seu próprio ponto de equilíbrio (set point), no qual seu peso e suas funções metabólicas estariam harmonizados.
Durante muito tempo o obeso foi considerado por todos como o grande culpado pelo seu excesso de peso. Através de falta de vontade, de gula, de falta de controle, indolência e outros atributos pouco honrosos acreditava-se que o gordo era sim o responsável absoluto pela sua obesidade.
É claro que, se a pessoa tem uma tendência natural para o excesso de peso, será mais sensível às transgressões alimentares, mas vários outros fatores estão envolvidos na obesidade. Mesmo essa tendência à obesidade pode ser facilitada ou dificultada pelos aspectos culturais e comportamentais da pessoa. Observa-se, por exemplo, ganho de peso após o casamento e com o envelhecimento, notadamente em mulheres. Também o ato de parar de fumar, bem como a gestação também costumam ter forte relação com o aumento do peso. O estilo de vida sedentário também acaba favorecendo o ganho de peso. Culturalmente, o cardápio rico em alimentos com alto teor de carboidrato e de gordura também parece ser característica de comunidades com maior número de obesos.
Quanto a possíveis alterações endócrinas, a maioria dos autores insiste em afirmar, categoricamente, que a expressiva maioria dos casos de obesidade não apresenta alterações hormonais. No entanto, as investigações hormonais se justificam, tendo em vista que muitos distúrbios endócrinos costumam associar-se à obesidade, como é o caso, por exemplo, do hipotiroidismo e síndrome de Cushing, e requerem tratamento específico.
E o que é caloria? Esse inimigo número um da obesidade. Caloria é a unidade padrão para medir a energia proporcionada pelos alimentos. O corpo gasta parte da energia adquirida nos alimentos para manter suas atividades básicas e vitais, tais como fazer circular o sangue, respirar, fazer a digestão e a diurese, etc, e gasta outra parte para atividades de vida, tais como andar, trabalhar, fazer sexo, etc.
A energia calórica que adquirimos nos alimentos vem de três tipos de nutrientes: as proteínas, as gorduras e os carboidratos. Assim, os valores calóricos de um sanduíche, por exemplo, são determinados pela quantidade de proteínas (carne e frios), gordura (manteiga e maionese) e carboidrato (pão) que ele fornece.
proteínas (1g = 4 calorias)
gorduras (1 g = 9 calorias)
carboidratos (1 g = 4 calorias)
Pessoas mais pesadas requerem mais calorias para manter seu peso corpóreo. Por exemplo, uma pessoa com 100 kg e de pouca atividade física pode precisar de 2700 calorias por dia, para manter seu peso. Se esta pessoa fizer uma dieta de 2000 calorias por dia (700 a menos do que precisa), ela irá perder peso.
Depois de algum tempo comendo 2000 calorias por dia seu peso irá se estabilizar, pois sua taxa metabólica irá gradualmente diminuindo com a diminuição do peso. Quando ela atingir o peso de 80 kg, irá precisar somente de 2000 calorias por dia para manter seu peso, logo, deixará de emagrece com 2000 cal/dia.
Quem fica Obeso
Sabe-se hoje que a obesidade é muito mais do que a falta de caráter, de vontade, de auto-estima ou graves distúrbios psíquicos. Vários fatores podem contribuir para causar a obesidade, como doenças endocrinológicas, alterações genéticas, ausência de atividade física, comportamento alimentar alterado e inadequado.
Algumas condições médicas e doenças também podem levar à obesidade. Mas esses casos, para desconforto moral dos gordinhos, significam menos de 2% dos casos de obesidade. Entre eles podemos citar o hipotireoidismo e a síndrome de Cushing, que é o aumento da produção de hormônios pela glândula supra-renal, e alguns outros desequilíbrios hormonais.
Evidentemente interessa-nos, aqui, principalmente as questões da obesidade relacionadas à esfera emocional. Mas vejamos alguns outros aspectos.
Genética
Diversos estudos com resultados variados demonstraram haver associação entre obesidade e heretitariedade. Bouchard em 1988 publicou no International Journal of Obesity um estudo que envolveu 1698 pessoas de 409 famílias diferentes e demonstrou haver participação genética em até 25% dos casos. Quando analisada a distribuição andróide de gordura, esta participação chegou a 30%.
O trabalho de Stunkard, publicado em 1986 no "The New England Journal of Medicine" partiu de uma análise de 540 adultos adotados e mostrou maior correlação entre o BMI do filho e de seus pais verdadeiros.
Segundo Strauss, aproximadamente 10% das crianças são obesas e, de acordo com estudos em gêmeos adotados, o componente genético da obesidade é significativamente importante. Entretanto, o aumento da obesidade infantil nos últimos 20 anos tem sido atribuído a múltiplos fatores. Entre a diversidade de fatores, parece ser o mais importante deles o afastamento das crianças das atividades físicas exuberantes que acompanhavam a infância.
Portanto, são muito mais propensos à obesidade as pessoas que apresentam uma tendência genética a engordarem. A hereditariedade está associada não apenas com obesidade, mas também com a magreza. De modo geral o componente genético do peso está mais correlacionado com o peso biológico da mãe. Se a mãe for obesa quando adulta, a chance de seu filho ser obeso é aproximadamente 75%. Igual porcentagem é a chance da criança ser magra se a mãe for magra.
As pesquisas genéticas para obesidade procuravam algum gene que produzisse uma proteína anormal, ou hormônio, capaz de interferir com a sensação de saciedade. Afetado por esse hipotético gene a pessoa não se sentiria saciada após comer normalmente, havendo vontade de comer mais que o normal.
No meio da década de 90, foi descoberto um hormônio chamado leptina, relacionado também à saciedade mas, dez anos depois, foi provado que somente alguns indivíduos apresentam anormalidades relacionadas a esta substância.
Em 1995 foi achado, primariamente no tecido adiposo da área abdominal, uma anomalia num gene responsável pelo receptor adrenérgico beta-3, associado com obesidade. Esta anomalia genética resulta em diminuição da produção de calor e menor capacidade para utilizar gordura, resultando em menor taxa metabólica e conseqüente ganho de peso.
Atualmente as pesquisas têm enfatizado o papel das mitocôndrias na obesidade, suspeitando-se existirem várias diferenças nas das mitocôndrias dos obesos. A mitocôndria é a parte da célula envolvida com a utilização de energia, e é sempre herdada da mãe. Isto pode explicar a grande correlação entre o peso da criança e o peso da mãe.
Idade
Em geral, com o avançar da idade a taxa metabólica diminui e a pessoa não precisa mais de tantas calorias para manter seu peso do que quando era mais jovem.
Conforme a idade avança, a quantidade de músculos tende a diminuir e a de gordura passa a representar maior porcentagem do peso total do corpo. Esta menor quantidade de massa muscular significa diminuição no metabolismo e diminuição na necessidade de calorias. Se você não diminuir a ingestão calórica com a idade, certamente você ganhará peso.
As pessoas que continuam comendo e fazendo as mesmas atividades de quando eram mais jovens podem ganhar peso porque o metabolismo diminui com a idade.
Sexo
Os homens têm maior quantidade de músculos que as mulheres, os quais queimam mais calorias do que a gordura. Por isso, a dieta básica para um homem costuma conter 20% a mais calorias do que para uma mulher com mesmo peso e idade.
Além disso, os homens têm taxas metabólicas maiores do que as mulheres, portanto os homens requerem mais calorias para manter seu peso corpóreo. Além disso, após a menopausa, a taxa metabólica da mulher diminui ainda mais, explic
Equação Para Cálculo Manual
1 MET (metabolic equivalents)
(Gasto de energia na atividade - valores pré-estabelecidos por atividade - ex. de tabela McARDLE, 1989)

Exemplo
Jogging = 7.0 Mets
Ciclismo (ergométrica /moderado)= 7.0 Mets
Natação Crawl = 8.0 Mets
futebol de campo(competição) = 9.9 Mets
futebol de campo(pelada) =7.0 Mets

Outros exemplos baixar o compendium acima 1 Met = 1 kcal x kg-¹ x h-¹ ou 3,5ml /kg/min
Energia gasta com a atividade = MET x Peso x Tempo de atividade (min)/60

Classificação de Capacidade Aeróbica em METS
até 60 min de acordo com a faixa etária - ACSM,1998
Jovem
20- 39 anos Meia idade
(40-64) Velho
(65-79) Muito Velho
(80 anos)
Muito Leve <2,4>ou igual a 10,2 > ou igual a 8,5 > ou igual a 6,8 > ou igual a 4,25
Máximo 12 10 8 5
O teste acima deve ser encarado apenas como uma sugestão de nossa página . Ele não isenta o usuário de um acompanhamento adequado do Profissional da área de Educação Física ou Nutrição, a fim de obter maior fidedignidade, tanto nos cálculos como na interpretação de dados.